Rubens Júnior

Ordem bíblica ou ideologia? a ordem dos nomes Priscila e Áquila não legitima o pastorado feminino

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Constantemente vejo revolucionários e modernos teólogos usando um argumento para lá de simplório para defender o famigerado pastorado feminino. Confesso que há outros que despertam curiosidade, somente isso, mas este ao qual me refiro é tosco, raso, básico e superficial. Com todo respeito!

No Novo Testamento é mencionado 6 vezes um casal chamado Áquila e Priscila. Destas 6 vezes, em 4 o nome de Priscila aparece na frente (At 18:18; At 18:26; Rm 16:3; II Tm 4:19). Já Áquila aparece primeiro apenas em 2 passagens (At 18:2; I Co 16:19).

Qual a conclusão que eles tiram?

Eles concluem que a predominância do nome de Priscila em primeiro lugar demonstra que ela possuía um ministério de liderança; logo, concluem, ela era pastora!

Para mim, está claro que, embora ninguém tenha batido o martelo quanto a essa questão, e embora não haja muita certeza sobre o que fazer com a ordem dos nomes, temos que:

(1) uns creem que Priscila tinha uma personalidade mais notável na vida e no trabalho na igreja; (2) outros creem que ela veio de uma família nobre romana, enquanto Áquila era natural do Ponto, no norte da Ásia Menor; e, (3) outros ainda creem que ela tenha sido convertida por Deus primeiro e, com isso, levado seu marido a Cristo. Enfim...

O mais impressionante é o seguinte: quando se trata do ponto de vista ministerial, Áquila é sempre mencionado antes de Priscila, como se observa em 1Co 16:19. Ainda que alguns tentem argumentar que as outras passagens também correspondem a uma questão ministerial, uma leitura mais acurada, despida da intenção de forçar o texto a dizer o que não diz, mostra-nos que, de forma fiel, apenas esse versículo tem enfoque claramente ministerial.

“As igrejas da Ásia vos saúdam. Áquila e Priscila vos saúdam
muito no Senhor, com a igreja que está em sua casa.”

Não podemos nos isentar das normativas bíblicas, de suas ingerências, associações, analogias e inferências.

I – O modelo cristocêntrico e apostólico é claro: Jesus escolheu 12 apóstolos homens. Em Atos e em todas as Epístolas, todos os presbíteros e bispos mencionados são homens. A liderança pastoral é, por analogia, um reflexo da liderança de Cristo sobre a igreja (Ef 5:23).

II – As qualificações dos presbíteros e pastores na Bíblia são apresentadas em termos masculinos e pressupõem o papel de liderança espiritual masculina na família e na igreja (1Tm 3:1 e 2; Tt 1:5 e 6).

III – A autoridade e o magistério da igreja estão colocados no ensino público e na autoridade pastoral, funções ligadas ao presbítero/ancião, e não às mulheres, preservando uma distinção de papéis (1Co 14:34–35).

IV – A Ordem da Criação foi citada por Paulo para fundamentar os questionamentos que porventura viessem a aparecer, e não como reflexo de costumes culturais. Tal ordem confere caráter universal, e não circunstancial (I Tm 2:12 a 14)

PORTANTO, é realmente difícil definir algo como absolutamente verdadeiro, por mais que se tente fazer joguinhos de palavras e manipular a língua original para adequá-la a um esquema feminista que só entrou em pauta há poucos anos.

At.te.,
Rubens Júnior




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